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Sinopse

O livro traz uma importante contribuição para as reflexões sobre o lugar do consumo na sociedade contemporânea, a partir dos encaminhamentos sobre suas possibilidades e limites, buscando a construção de uma “adequação”. Sobre as possibilidades, apresenta a evolução do que é o consumo na sociedade ocidental, percorrendo cinco séculos de história, com ênfase ao entendimento sobre a comercialização, as origens do capitalismo e as relações das pessoas com a cultura (i)material, motivadas em grande medida pela publicidade das marcas, mas que se desdobram na compreensão sobre a identidade, a cidadania e os afetos. Dedica um capítulo para os rituais de consumo, compreendendo a complexidade deste processo, que parte da busca de informações, passando pela compra, uso, posse e descarte, além das inúmeras possibilidades de ressignificação, ampliando a vida dos bens. A abordagem do consumo como ritual expande sobremaneira o entendimento sobre a própria sociedade, uma vez que oferece reflexões sobre os mecanismos de transferência de significado do mundo cultural e socialmente constituído para as pessoas, por meio de vetores sígnicos privilegiados como o sistema da moda, a ecologia publicitária e a telenovela. Outro capítulo é dedicado ao entendimento do lugar do consumo no Brasil, aprofundando as reflexões nas últimas décadas que impactou em movimentações profundas na vida cotidiana do brasileiro, passando da apartação ao acesso e ao posterior ressentimento com o consumo em muito pouco tempo. Para finalizar, o texto dedica-se aos limites do consumo, questionamento que inaugura a obra, chegando a compreensão de que há limites claros para o consumo, e eles são cívicos, morais e afetivos.