Era o fim! O último suspiro da humanidade. Sangue, dor, desespero, choro e morte. Seres das trevas engoliam todo sopro de vida. Crianças, homens e mulheres, todos eram ceifados pela morte trazida pelas trevas. Os cinco grandes reinos eram destruídos brutalmente por demônios sedentos por sangue. Homens caíam, suas mulheres eram humilhadas diante de suas crianças, tudo era despedaçado, havia corpos por todos os lados. Além da imensa escuridão, somente o vermelho do sangue daquelas pessoas era visto. Eu corria desesperado tentando salvar alguém, mas tudo que eu encontrava eram corpos brutalmente assassinados. Chorei sem saber o que fazer, meu coração ficou em angustia ao ver corpos de crianças pelas ruas. Eu gritava com todas as minhas forças, mas não conseguia ouvir um único sopro de vida. A dor consumia meu coração, não tinha mais o que fazer, até que me deparei com uma imensa montanha de cabeças decapitadas e vi a cabeça de Valério. Acima dessas cabeças havia um trono gigante, e sentado neste trono estava um ser perfeito, com uma beleza jamais vista em minha vida. Seus olhos eram azuis como o mar e sua pele branca como a neve, como um ser tão belo pode ser o grande senhor das trevas? O demônio que trouxe a destruição da humanidade?! Então, vi que esse ser olhava com ódio e desprezo, para um pequeno feixe de luz que havia sob a terra em frente ao seu trono, mas que já se encontrava fraco e aos poucos ia se apagando e levando consigo a última esperança da humanidade. A luz mesmo fraca se negava a desistir. Mas o que um único feixe de luz poderia fazer diante a um mar de trevas?