Normalmente ao se falar das "Tragédias Gregas" não é raro que um iniciante na aquisição de Cultura, após ter lido um das mesmas se pergunte: clássica, por quê? É uma história banal que eu já vi na televisão, ou no cinema, ou num folhe-tim. Contudo, ao inverter o eixo da questão passa a entender que tudo aquilo que já viu na televisão, no cinema ou em folhetins (e em alguns livros) são meras cópias desses "originais", chamados de "Clássicos". Clássicas, justamente por serem a matriz, o modelo de quase tudo que se produziu em arte literária e/ou teatral; e/ou cinematográfica e/ou televisiva. A parte que não abrangem é coberta pelas outras obras ditas "Clássicas", como a "Ilíada", a "Odisséia" "Eneida" etc. Passa, então, esse iniciante a entender que são "Clássicas" porque são permanentes, são imutáveis; ao contrário de suas cópias que atendem às exigências do modismo relativo ao tempo em que são produzidas. Com o avanço de seu aculturamento passa a entender que também são chamados de "Clássicas" por contarem histórias comuns, mas de modo esplêndido; atendendo as diretrizes da rima, da métrica, da fluidez, da concisão e principalmente atendendo à beleza que a história humana pode ter. E é esse o principal mote dessas histórias. A história do Homem em todas as suas nuances: seu heroísmo, sua grandeza, sua mediocridade, sua covardia, suas virtudes, seus vícios e tudo mais que ao longo de mais de cinco milênios se manteve intacto: o espírito humano, que a par das inovações tecnológicas continua a agir como nos contam os grandes "Clássicos". A presente obra não tem a presunção de substituir os textos originais e nem seria admissível qualquer tentativa de suprimir ao leitor o prazer de saborear as delicias que Eurípedes, Sófocles e Ésquilo legaram ao Mundo. Pretende-se com esse guia ser apenas um auxilio nas dúvidas eventuais, das quais não escapam nem os melhores intelectuais e ser uma vitrine onde se expõe textos que certamente estão entre os melhores que gênio humano conseguiu produzir.