Em Gramáticas do erotismo, Joel Birman busca compreender o sujeito nas suas dimensões histórica, política e social e, de maneira interdisciplinar, estabelece um diálogo vivo entre a psicanálise e as demais ciências humanas. Seu objetivo é mostrar as ambiguidades que permearam o discurso freudiano e deslocar os padrões habituais de interpretação desse mesmo texto sobre o feminino. Além disso, constrói um novo roteiro para a leitura de Freud. Nele, os avanços e recuos efetivamente encontrados nas formulações freudianas sobre a feminilidade deixam de ser tomados como inconsistências teóricas ou arcaísmos datados: testemunham sua relação complexa – de assimilação e resistência – com os horizontes teóricos de seu tempo.