… Germinando lilases da terra morta… é uma pequena coletânea de poesias na qual se misturam a melancolia e a esperança. Sob o belo verso de T.S. Eliot retirado do Enterro dos Mortos, a autora coloca delicados versos sobre a vida, a dor, a alegria, a decadência, a infância e a maturidade.
Se ouvimos o eco de grandes poetas, a autora faz ouvir também a sua voz, que ressoa a partir do amálgama de leituras e reflexões. Muitas vezes sucintos e breves, os poemas remontam a certa tradição lírica, mas com força e potência transformadoras.
A força e o poder transformador das palavras, que, segundo Roland Barthes, "são capazes das mais violentas transformações", habitam este livro. Sua leitura nos diz que a correta palavra, às vezes (por que não?), a palavra furtiva, mas sempre a palavra, em sua capacidade transformadora germina lilases, mesmo na terra morta.