As reformas educacionais iniciadas no Brasil na década de 1990, motivadas pela globalização, pelo neoliberalismo e pela justificativa do cumprimento de metas e melhoria da qualidade, reconfiguraram o contexto da escola pública, introduzindo técnicas de controle do trabalho docente com um discurso de eficiência por resultados paralelo à perda da autonomia, plano de carreira e saúde mental das(os) professoras(es). Esta obra analisou o Programa Gestão em Foco, responsável por implantar na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo o Método Melhoria de Resultados – MMR em parceria com a empresa Falconi Educação, revelando os elementos gerencialistas e performadores que responsabilizam as(os) professoras(es) dos resultados educacionais. Como referencial de análise foram adotadas as contribuições de Michel Foucault, bem como a Teoria da Atuação Política desenvolvida por Stephen Ball, Meg Maguire e Annette Braun em 2016. A obra contribui para as discussões sobre a implantação de políticas públicas voltadas à saúde mental das(os) professoras(es), a valorização da carreira docente, além de fomentar a análise crítica no campo das pesquisas em políticas e avaliação educacional.