A obra em questão enfatiza que o Estado não é o único a fazer uso da Geopolítica, assim traz importantes reflexões sobre a organização espacial do narcotráfico na Amazônia brasileira. São interpretações com base nas projeções cartográficas elaboradas a partir de metodologias de pesquisa que demonstraram a expansão das redes ilegais, bem como a crescente presença de facções criminosas nos estados e municípios da região. Nesse sentido, quando se tem referências sobre o narcotráfico enquanto uma atividade econômica globalizada, torna-se impossível não reconhecer o papel das organizações criminosas na manutenção e expansão das redes em escala planetária, e para isso fazem uso das relações de poder, e, portanto, da Geopolítica. Geopolítica esta que nos últimos anos vem produzindo territórios em disputas, contribuindo para implicações significativas nas políticas de segurança pública e no desenvolvimento regional.