A obra define ambiente aeroespacial como o espaço geográfico formado pela conjugação entre espaço aéreo e espaço exterior. Analisa a relevância geopolítica desse ambiente aeroespacial, a ponto de formular o conceito de Geopolítica Aeroespacial. Contextualiza geopoliticamente o ambiente aeroespacial por meio da coleta de evidências nos campos da epistemologia da geografia, e de variáveis políticas, econômicas, tecnológicas e ideológicas. Nesse particular, constata que há uma interdependência dessas variáveis no ambiente aeroespacial. A compreensão integrada desse ambiente permite, inclusive, o reforço da ideia de uma teoria de poder aeroespacial. Essa teoria, que surge nos primórdios da aviação, evolui na era espacial, proporcionando fenômenos que têm se tornado decisivos para a humanidade. A obra demonstra, na geopolítica aeroespacial, configurações nas relações de poder, a definição de territórios, a criação de arcabouços jurídicos, os reclamos de soberania e os contenciosos que extrapolam as abordagens clássicas da geopolítica voltadas à superfície. A obra elabora cenários prospectivos para a geopolítica aeroespacial no Brasil, sob os pontos de vista realista, idealista e uma conjunção de ambos, que indicam alternativas para políticas públicas do setor aeroespacial. A demanda por uma Geopolítica Aeroespacial consiste em novo campo investigativo da geografia humana, das relações internacionais, dos estudos estratégicos e dos estudos de defesa.