A Geografia, na contemporaneidade, não corresponde mais àquela ciência descritiva que buscava a unidade através de um método fechado (cartesiano e positivista). A abertura para uma compreensão dialética do mundo moderno impõe uma agenda para esta ciência que tem como base a construção de análises espaciais construídas a partir do entendimento das ações sociais tomadas como práticas sócio-espaciais. A ideia de população é esvaziada de sentido e no lugar desse conceito a-histórico e genérico surgem reflexões sobre a produção do homem como categoria central. As transformações recentes causadas pela ampliação da longevidade obrigam a humanidade a pensar na ampliação da relação das pessoas com o espaço de realização da vida, o que traz para a discussão temas relacionados ao processo de envelhecimento humano, principalmente por parte das ciências humanas. Este livro apresenta a Geografia do Envelhecimento e convida a abertura do debate: A atualização de conceitos e temas geográficos; a emergência da Geografia do envelhecimento; o debate sobre conceito de envelhecimento e as discussões acerca da velhice; e, o direito ao envelhecimento e alguns marcos regulatórios.