Em Nova York, Paris, Los Angeles, Dhaka ou São Paulo, as oficinas de confecção são uma característica histórica da metrópole industrial. Apesar de criticadas por causa da desumanidade das condições de trabalho impostas aos trabalhadores que ali trabalham, as oficinas são surpreendentemente estáveis e duradouras em ambientes urbanos que estão passando por rápidas mudanças. Espalhadas pelos interstícios desta imensa metrópole, estas oficinas pontuam trajetórias profissionais e migratórias. Elas refletem a lógica econômica e social da sociedade de consumo brasileira em um momento de urbanização avançada. Esta investigação, através do estudo das oficinas de confecção de São Paulo, analisa a dinâmica social, econômica e territorial de uma sociedade metropolitana em expansão.