Em qualquer fase de desenvolvimento da história, as relações sociais entre os homens são marcadas pela organização e divisão do trabalho, fato que culmina com a produção que se materializa em determinada sociedade, que sustenta as trocas e, por fim, a vida de relações. O desenvolvimento das forças produtivas, originado pelo aumento da capacidade humana sobre a sua atuação na natureza, esgota-se com o tempo. Desse modo, surgem então novas estruturas sociais nas relações de produção da sociedade. Isso porque o sistema produtivo capitalista se mantém persistente, devido ao estabelecimento de formas de obstacularização ao patrimônio genérico humano organizadas pela sociedade burguesa, apesar de ser uma das formas de organização possível e passageira. Essas formas se enraízam no trabalho e se difundem por todas as relações humanas. A superação desse cenário é concebida, pois, como um processo lento e longo, mas uma ontologia para uma educação emancipatória já é realidade.