A maior complexidade dos fenômenos organizacionais e a velocidade na divulgação de eventos corporativos de interesse da sociedade como um todo contribuíram para ampliar o interesse pelo tema Governança Corporativa. São vários os exemplos recentes de organizações aparentemente exitosas que se revelaram verdadeiros gigantes com pés de barro quando sujeitas ao escrutínio dos órgãos de regulação e da mídia especializada. A busca pela Governança eficaz tem sido um divisor de águas em relação às organizações que se deixam levar pelas oportunidades e se esquecem que as obrigações sempre falam mais alto do que os direitos. No entanto, a Governança vem sendo tratada, na maioria das vezes, unicamente como um conjunto de códigos e de práticas a reproduzir. Aqui optamos por fundamentar e fazer pensar criticamente, criando um contexto para rever diversos aspectos que desenvolvem, de fato, a dinâmica organizacional. Responsabilidade social é o dever inalienável de todo empreendimento, seja qual for sua origem, natureza ou setor, questão que converge para um dos pontos principais de nossa abordagem no texto desta obra: as organizações são franquias sociais — devem operar no estrito interesse da sociedade a que servem. O caminho para a Governança vai muito além da fronteira de uma organização; mesmo que sistêmico dentro da organização, deve ser encarado como sistêmico para equilíbrio de nosso ecossistema como um todo.