A educação é ferramenta indispensável para formar a criança e prepará-la para a vida, mas também arma potente para reduzir desigualdades e mudar o mundo. É assim que se compreendem os pioneiros chegados à Palestina no início do século XX, fundadores das coletividades agrícolas socialistas judaicas. Esse estranho cruzamento entre ideias marxistas do Leste Europeu e movimento sionista deu azo a experiências educacionais coletivas de grande inventividade, sobretudo com os nascidos nos kibutzim do Ha-Shomer Ha-Tza'ir — onde a psicanálise teve um papel central, ainda que controverso. Liebermann, que viveu em kibutz na adolescência, oferece um relato vivo dessa história, analisando as contribuições da psicanálise freudiana para a pedagogia moderna.