Migalhas de sonho se esvoaçam Pelo o horizonte ilimitado... Pobre sonho, todo esmigalhado... Observa o solo do sonhador, mas, Não tem para onde ir E nem tampouco onde se assentar. O sonhador é pobre demais Para comprar qualquer assentamento A vista de ambos os olhares, Pois o meu sonho tem vida própria, Que ansiosa, espera se integrar a mim, Nesse meu longo esperar... Migalhas de sonho se esvoaçam Pelo o horizonte ilimitado... Pois não consegue ir desse esvoaçar Porque se esforça a ficar, Viver e contemplar a minha vida Saindo dessa roubada, de luta infindável... Mas, tão logo me findará essa zanga mortal, Porque ela morrerá! Pelo o sublime assentamento a cumprir-se, De um sonho existente ainda solto ao vento... Mas tão perto do meu requerimento Para a cura dessa zanga infernal... E, mortal.