Ao iniciar a leitura do memorial do Rômulo, já imaginava que iria gostar do texto. Dá prazer ao ler, tem conteúdo interessante e denso, sem perder a graça, com uma linguagem precisa, preservando a simplicidade na transmissão das ideias. Nossas áreas de atuação na Engenharia de Transportes são diferentes, porém complementares; ao ler, lamentei não ter lido antes sua produção intelectual, conversado e enriquecido minha vida com os conhecimentos desenvolvidos pelo Rômulo. Deu-me a impressão de perda...
O memorial tem graça em prosa, mas é poético. E, no plano de fundo, o autor é um grande engenheiro e professor ensinando e discutindo as questões de mobilidade. Tem base metodológica para apresentar e resolver os problemas. Dá sinais ao leitor, como em um prólogo, sobre aquilo que ele vai encontrar, e então o cativa e prende para continuar lendo. Rômulo consegue conjugar a facilidade com as palavras e o conhecimento científico de engenheiro com uma objetividade exemplar.
Vou destacar dois lados que se unem: o homem universitário, vivendo num mundo que objetiva ser um centro de excelência do conhecimento, e o homem profissional, experiente nos transportes, com forte atuação nas políticas públicas. Esse é o Rômulo, o professor que traz para dentro do meio acadêmico a experiência profissional e que leva para a sociedade os desenvolvimentos da academia. Sua função é muito importante no desenvolvimento do país e na formação de recursos humanos. Rômulo balanceou a vida acadêmica e a dedicação às políticas públicas com equilíbrio e habilidade.
E o que me deixa bastante contente é ver um homem aos 65 anos de vida com prazer e essa vontade bonita de continuar a produzir e contribuir com a sociedade. Parabéns pela carreira, parabéns por alcançar com mérito o título de professor titular.