Esse livro analisa os "modelos de desenvolvimento" e/ou as ideologias desenvolvimentistas que vigoraram nos últimos anos no Brasil. Dedica-se especialmente a debater sobre o neoliberalismo, o lulismo e o suposto novo desenvolvimentismo dos governos petistas deste limiar de século XXI. O tratamento ao tema é desenvolvido a partir da hipótese de que os modelos implementados não resolveram os problemas estruturais da sociedade brasileira, como por exemplo, a fome, a falta de moradia digna, a violência, o racismo estrutural, a falta de educação pública e de qualidade, a concentração de terras, o reduzido acesso à saúde de qualidade e entre outros o desemprego estrutural. Portanto, os acólitos do neoliberalismo e do suposto novo desenvolvimentismo já não podem responsabilizar os trabalhadores, o socialismo e menos ainda os comunistas pelo fracasso do sistema, pois, o capitalismo foi absolutamente hegemônico nestes últimos anos. Por isso, discute-se se as magérrimas conquistas sociais, econômicas e políticas sob a égide do lulismo e dos governos petistas, do chamado novo desenvolvimentismo, apoiadas no bloco político-social hegemônico da esquerda brasileira (PT, CUT e MST) de fato tiveram algum efeito estruturante e a que custo para o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras. A resposta a essa e a outras perguntas pode ser encontrada, sobretudo, na realidade social brasileira. Ao longo das páginas deste livro apresentamos algumas pistas para percorrer esse caminho.