Em Forasteiro, as cidades muradas são os centros urbanos dos feudos de Tessellis, sendo esse um mundo selvagem e perigoso. Assaltantes andarilhos, monstros primordiais, invasões do subsolo, aberrações mágicas, criaturas tenebrosas das florestas e forasteiros de mundos paralelos espreitam frequentemente na terra de ninguém entre os assentamentos menores que se protegem como podem. É nesse interim que prosperam os sicários ou aventureiros, grupos paramilitares que tomam contratos ignorados – porém tolerados e até mesmo encorajados – pelos cavaleiros dos senhores feudais ou do clero. É oferecida uma vasta gama de serviços, desde simples operações de escolta e ronda policial até assassinatos discretos. Sediada na cidade de Renúncia, uma dessas organizações opera por meio de intermediários como Emanuel Calisto – um exímio resolvedor de problemas. Diversas figuras singulares entram em contato com Calisto, prontos para pôr em prática os seus peculiares talentos: o mestiço de humano e demônio Kairus, que aspira ele próprio a tornar-se um intermediário enquanto recebe olhares estarrecidos pelas ruas por onde passa; o nobre renegado Basie, herdeiro de um grande império marítimo que ele não deseja liderar, pois a vida de aventureiro lhe soa mais aprazível; e o meio-elfo Alonso, um aprendiz de mago que ainda está aprendendo a dar os seus primeiros passos na vida adulta, acompanhado sempre de seu fiel amigo Vadavel, um iguana dotado do dom da telepatia, entre outros talentos bastante incomuns à maioria dos répteis.