Em seu romance de estreia, considerado um best-seller nacional, Dinah Silveira de Queiroz nos apresenta o cotidiano dos tuberculosos em tratamento na Serra da Mantiqueira, em um tempo em que a doença era conhecida como a "peste branca".
Durante a epidemia de tuberculose que assolou o Brasil nas primeiras décadas do século XX, Campos do Jordão, região montanhosa com clima ameno, tornou-se um refúgio para os doentes, com a criação de hospitais e pensões para recebê-los. A esse cenário, repleto de belas paisagens e atmosfera bucólica, a jovem Elza chega angustiada e ansiosa pela cura. Lá, instala-se na casa de dona Sofia, onde passa a conviver com outras moças também enfermas — Lucília, Belinha e Letícia —, e, juntas, vivem uma rotina de cuidados médicos, passeios pela natureza, companheirismo e experiências profundas que vão muito além do restabelecimento da saúde. Entre paixões, desavenças, perdas irreparáveis e alegrias singelas, as personagens refletem sobre amor, amizade, preconceito, luto, solidão, diferenças sociais e os costumes da época, em uma narrativa envolvente, marcada pela linguagem ao mesmo tempo poética e precisa de Dinah Silveira de Queiroz.
Publicado originalmente em 1939, "Floradas na Serra" foi o primeiro romance da autora. Além de ter sido contemplado, em 1940, com o Prêmio Antônio de Alcântara Machado, da Academia Paulista de Letras, também foi adaptado para o cinema, em 1954, e duas vezes para a televisão, em 1981 e 1991.