Para Duarte (2009, p. 17), "ver filmes é uma prática social tão importante, do ponto de vista da formação cultural e educacional das pessoas, quanto à leitura de obras literárias, filosóficas, sociológicas e tantas mais". Já Fischer (2007) diz que estudar narrativas, processos de produção, imagens e formas de recepção de produtos audiovisuais é indispensável à prática pedagógica. Isso porque há todo um trabalho de simbolização, no lugar daquele que imagina, planeja, produz e veicula os produtos, assim como há um trabalho de simbolização daquele que se apropria do que vê e ouve.
O cinema, muitas vezes, encarado apenas como forma de entretenimento, se mostra como uma ferramenta para expandir os horizontes das pessoas sobre culturas, comportamentos e conhecimentos. A necessidade de acompanhar uma história, interpretá-la e decodificar seus códigos ainda contribui para o desenvolvimento intelectual do espectador.
Por que não aplicar tudo isso ao ensino formal?
Trazendo uma série de autores que pensam as possibilidades de aplicação dos filmes na relação ensino-aprendizagem e realizando conexões com as demandas atuais da educação no Brasil, este livro se propõe a apresentar um método prático para o uso do cinema no contexto da sala de aula. Pois, muito além de produtos culturais de entretenimento, os filmes possuem um grande potencial pedagógico não explorado.