O discipulado é um grande guarda-chuva que engloba todos os ensinamentos de Jesus. Durante três anos e meio, ele passou conhecimento por meio de palavras e testemunhos, mas também usou ferramentas para desenvolver e capacitar seus discípulos na sua missão. No discipulado de Jesus, percebe-se que ele percorre passo a passo vários processos de aprendizagem com seus discípulos, não só dando exemplos, mas também modelando-os para primeiro Ser e só depois Fazer. O discipulado, o coaching e o mentoring são processos de desenvolvimento humano que envolvem uma interação focalizada e estruturada, com uso apropriado de ferramentas, estratégias e técnicas para promover mudanças desejáveis e sustentáveis. É por isso que a Bíblia diz que temos que fazer discípulos; isto implica em algo mais do que apenas falar com eles, ganhá-los ou instrui-los. Fazer um discípulo significa formar uma duplicata de outrem. Os discípulos não podem ser produzidos em massa, porque são produtos de um investimento íntimo e pessoal; de gente cuidando de gente. Dentro de cada processo do discipulado, houve fases que foram marcadas por grandes eventos, como quando os discípulos passaram a ser chamados de "apóstolos" e Jesus de "supremo apóstolo". A partir do pentecostes, os doze assumiram a tarefa da proclamação do evangelho ao mundo, tornando-se, juntamente dos profetas do Antigo Testamento, o fundamento da Igreja.