Entre as crises de nosso tempo, duas estão em destaque: a crise do pensamento, como crise do sujeito, e a crise ambiental,como crise de civilização. Ambas são a mesma crise, entrelaçadas por um sistema produtivo que se sustenta em uma compreensão da relação sociedade-ambiente (natureza-cultura) cindida. Procurando uma compreensão fenomenológica, este livro se propõe como meditação experiencial dos seres-no-mundo, ontologicamente circunstancializados no lugar. Esta fenomenologia do ser-situado, como pensamento noturno-diurno, não busca o esclarecimento: visa, antes de tudo, à compreensão pelo compartilhamento de experiências vivenciadas por meio da escrita. Das diferentes situações emergem possibilidades, como caminhos, de pensamento orientado do presente para o futuro, dedicado à tarefa do nosso tempo.