Com o advento da internet e a ascensão das redes sociais, que estão cada vez mais em evidência, diversos assuntos surgem e ganham espaço para discussões. O feminismo, apesar de não ser recente, tem crescido na internet e quase sempre intrínseco nos assuntos mais comentados do Twitter, mas até que ponto essas discussões realmente abordam pautas necessárias? Até onde vai o recorte social da briga de egos e likes?
Com um poderoso prefácio que nos faz refletir sobre as diferentes lutas dentro de um único movimento, desde as primeiras páginas, Feminismo pra quem? mostra a que veio. Daniela Brum passa por várias camadas aborda temas como o famoso "feminismo de telão", o quanto a mídia está em prol de capitalizar pautas, levando-as ao esvaziamento,dentre outros assuntos, nos forçando a refletir até que ponto estamos dentro do movimento feminista e se realmente fazemos a diferença: seja ao incluir quem está fora de nossa zona de conforto ou fazendo algo além de posts na internet, dando enfoque sempre na importância do quanto o feminismo precisa atingir as mais diversas camadas, tornando-se realmente abrangente e para todas. Mais do que reflexões, a autora também retrata vivências e compartilha com o leitor suas experiências como feminista, mãe e lutas que ainda precisamos vencer.
"Seja por conexões teóricas ou de lutas, seja pelo afeto matriarcal ou pela conexão de jornadas, nós, mulheres, somos mais fortes quando costuramos juntas o tecido social que molda nossa vida e trajetória. O feminismo é nossa ferramenta para incidir no mundo e construir outro futuro para nós e nossas meninas que ainda estarão por aqui." do prefácio de Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco