O médico americano Andrew Weil vale-se de um exemplo muito simples para explicar porque é tão difícil alcançar a felicidade. Isolado numa tribo indígena no meio da quente e úmida floresta amazônica na década de 1970, ele sonhava com a alegria de entornar um copo de suco bem gelado no retorno ao centro de Bogotá. Quando finamente pôde realizar seu desejo, Weil perdeu o interesse e já não acreditava que tomar um suco o deixaria tão feliz como imaginava enquanto estava na floresta.
Em Felicidade espontânea, Weil constata que as pessoas geralmente se sentem infelizes e deprimidas por depositar sua felicidade em acontecimentos futuros incertos. O autor ensina através da medicina integrativa – campo da ciência que ajudou a desenvolver e que busca potencializar os resultados da conexão entre a medicina alternativa e a convencional – que a felicidade que todos procuram está dentro de nós e não fora, e que a sua conquista depende, fundamentalmente, do equilíbrio entre a saúde mental e física.
Weil prefere usar o termo bem-estar emocional, em contraponto ao conceito de "felicidade", e define uma zona de contentamento, que ele chama de "nível do mar emocional", alcançada a partir da estabilização da variação entre emoções positivas e negativas. O livro é dividido em três partes. Na primeira, o leitor encontra as causas mais recorrentes da depressão e os novos métodos medicinais para manter mente e corpo saudáveis. Na segunda, o autor mostra como alcançar o bem-estar emocional na prática. Na parte final, Weil traça um programa terapêutico de oito semanas, onde sugere um conjunto de instruções e tarefas a serem levadas a cabo por todos interessados em cuidar de si. Depois de dois meses, o leitor estará pronto para perceber a diferença – e quem sabe sentir-se mais feliz.