O poema sem o corte do verso. Este é o melhor modo de apresentar a poesia de Luís Filipe Cristóvão. O autor português, de escrita prolífica, tem 38 anos de palavras acumuladas na cabeça, já publicou mais de sete livros e obriga o leitor a investigar a sua própria identidade, sua noção de pertencimento, como também a identidade do poema. Luís Filipe mexe com nossa antecipação leitora, rompe com nosso ritmo, obriga-nos a pensar. Em 'Famosas últimas palavras', depois de um grande hiato desde 2009, Luís Filipe volta a escrever com um sabor próprio de despedida, com o cheiro característico da maresia a envolver suas palavras. Como revela Cristóvão em sua poesia, ‘Onde quer que esteja a realidade, não está nas páginas dos livros’.