Winnicott condensa neste livro a natureza essencial de ser pai e mãe. O volume reúne falas em programas da rádio BBC de Londres dirigidas a eles. Ampliando para um grande público sua vocação para compreender os desafios da maternidade e da paternidade, o pediatra e psicanalista recusa um formato que diz às pessoas o que elas devem fazer. Como na clínica, ele entende, ao contrário, que as pessoas enfrentam dificuldades no cuidado de crianças em casa e precisam ser compreendidas. As pessoas gostam de saber que naquela ocasião o que fizeram era o que era preciso ser feito. Ninguém poderia dizer a elas o que fazer.Os programas, gravados entre 1955 e 1962, eram motivados por cartas de ouvintes que traziam dificuldades sobre o cuidado de crianças. Estimulado pelas questões, Winnicott ajuda seus interlocutores a compreender seus sentimentos e ações, sem julgá-los, acolhendo-os. O caso da madrasta que se sente culpada por não amar seu enteado, a importância e os desafios de dizer "não" a uma criança pequena, o ciúme entre irmãos, o cansaço e a falta de privacidade das mães, a noção de segurança e o problema da superproteção, o sentimento de culpa de ter feito algo errado com a criança, a construção da confiança, e o chupar o dedo como uso da imaginação do bebê são alguns dos assuntos comentados por Winnicott nestes textos."Ele infunde no público leitor uma compreensão dos desafios dos cuidados parentais, mas também faz seus ouvintes sentirem que ser uma 'mãe suficientemente boa' é um dos papéis mais gratificantes que se pode almejar. Um gênio!" T. Berry Brazelton, do prefácio