Coleção Rosa-Choque. Diversão e confusões no cotidiano das meninas.
Em Fala sério, amor!, Malu, ela mesma, a Maria de Lourdes, moradora da Tijuca, filha da Ângela Cristina, está de volta para contar suas descobertas amorosas desde a infância até o fim da adolescência. E a menina está afiada. Os "ficantes", os rolos passageiros, o namorado grudento, o ciumento, os doidos que aparecem pelo caminho, os fofos, os pais dos namorados, os seus pais e os namorados... ela sempre tem uma boa história para contar. Sorte das leitoras, que certamente vão se identificar com as muitas alegrias e furadas em que a Malu já se meteu e rir junto com ela.
Há episódios impagáveis do início ao fim. Como o namorado que pega a Malu depilando o buço em casa com um cera de farmácia. É claro que o Tavinho não sabia que a Malu depilava o buço – aliás ele nem sabia o que era buço ("Fala sério, amor! Minha namorada é a mulher barbada!", riu Tavinho, sem a menor sensibilidade) –, e o que era para ser uma maneira simples e eficaz de economizar a mesada virou uma grande confusão. E o que dizer dos meninos que insistem em falar com a namorada com voz de neném? A Malu simplesmente de-tes-ta ser chamada de "pinxeja" e afins. E por aí vai. Espirituosa e bem-humorada, a protagonista divide com as leitoras suas experiências nem sempre agradáveis com os meninos e a eterna vontade de beijar muito, ser feliz e encontrar o par perfeito.
A narrativa é fluida e envolvente e as crônicas vão se encadeando de uma forma que sempre dá aquela vontade de "ler só mais essa, mais uma, e outra...". Quando se dá conta, o livro já acabou e deixa um gostinho de quero mais.