Na vastidão do universo, somos poeira perdida entre um número incalculável de estrelas sem fim e sem um objetivo determinado. Como dizia Sartre, tudo está dado aí, de graça, levemente e sem gravidade, sem atração, numa "insustentável leveza do ser". Esta é a nossa angústia: um olhar sobreposto ao infinito e que volta sempre para si mesmo uma imagem de um tempo perdido e que não volta jamais, dado que já passou e do qual nada restou e que não retornará jamais. O infinito tudo absorve em si e não devolve aquilo que nos tirou de uma vez para sempre.