Os aforismos, os "exercícios de perplexidade" aqui propostos, exigem suspender disposições cotidianas e praticar o distanciamento. Só assim seria possível estranhar o corriqueiro, relativizar o introjetado e abrir-se à possibilidade de encontro com o inesperado. Em outras palavras e por paradoxal que pareça, disposição e intencionalidade são requisitos para que determinadas surpresas possam suceder. O livro terá cumprido seu propósito se os breves textos que o compõem propiciarem algumas delas.