Através deste livro, "Ewó Orò – As folhas sagradas na Fortaleza Ilê Orixá", busca-se fazer com que os filhos, amigos e clientes que são assistidos pelo axé consigam através dele orientar o uso das ervas, além de possibilitar o registro para futuras consultas e novos estudos dentro do axé, pois o axé é dinâmico é vivo e está sujeito a todo tipo de mudança que for orientada pelos orixás através do jogo de búzios. Tem a finalidade de fazer com que todos compreendam exatamente como as ervas são utilizadas dentro dos cultos afros e de que maneira cada uma folha é compreendida aqui na Fortaleza Ilê Orixá, destacando-se as ervas indicadas para cada situação em acordo com a finalidade desejada, além de mostrar como elas devem ser plantadas e a importância de cada uma delas dentro do rito e no axé. O batuque muito perdeu do conhecimento de ervas na religião, e a maioria dos babalorixás e ialorixás não conhece o mínimo necessário sobre plantas sagradas e suas ritualísticas, o que faz com que os iniciados por estes tenham ainda menos conhecimento sobre o assunto, e o que mais preocupa não é o não saber sobre as folhas sagradas, mas a total falta de interesse em entender pela maior parte dos praticantes atuais. O não saber é preocupante, mas o não querer aprender é sem dúvida o maior problema que existe dentre os religiosos afros que sempre se escondem dentro de ditos fundamentos para o que não possuem explicações, para o que desconhecem e para fatos, que mesmo demonstrados poderiam colocar em dúvida o que fazem. Todo religioso acima de tudo deve tentar sempre buscar a verdade, que de forma nenhuma está determinada que o que sempre foi feito é verdadeiro, é necessário quebrar paradigmas do batuque, deixar de inibir seus iniciados para questionar, para estudarem sobre a religião.