Considerando a inexistência de um consenso na literatura sobre a relação entre o crescimento econômico e a desigualdade de renda e a importância desse debate para a formulação de políticas públicas adequadas, objetiva-se produzir evidências empíricas que possibilitem compreender a forma como ela se expressa e interage em conjunto com outros indicadores que compõem o ambiente macroeconômico. Para tanto, procedeu-se ao método das equações simultâneas para a formulação de três modelos concebidos com o intuito de estimar os coeficientes das variáveis em contextos distintos. Desse modo, observou-se que há indícios suficientes para demonstrar que a desigualdade de renda exerce um impacto negativo sobre o crescimento econômico nos casos estudados, porém a recíproca não possui condições adequadas para ser caracterizada como verdadeira ou falsa, dadas a ambiguidade e a baixa significância estatística dos valores gerados pelos modelos.