Em busca de reconhecimento literário e para escapar das acusações de libertinagem e depravação, Marquês de Sade produziu diversas novelas que dialogam com as regras de pudor e decência do século XVIII
Acusado de promover orgias, praticar abusos sexuais e provocar danos físicos, Sade, autor de Aline e Valcour, A filosofia na alcova e 120 dias de Sodoma passou longos anos da vida encarcerado. Na prisão, produziu várias obras, entre as quais Eugénie de Franval – Novela trágica.
À época da primeira edição, Eugénie de Franval teve um trecho inteiro suprimido – um episódio do encontro incestuoso entre pai e filha – que foi mantido nesta tradução.
A novela vem acompanhada de um ensaio do escritor acerca da história e das características do gênero romance e de um posfácio do tradutor André Luiz Barros, professor de Teoria da Literatura da UERJ.