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Eugenia: Gênero, Sexualidade e Reprodução no México (1920-1940)

Eugenia: Gênero, Sexualidade e Reprodução no México (1920-1940)

Sinopse

A eugenia está comumente associada à experiência nazista alemã, levada a cabo por Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, ainda que o nazismo tenha sido sua versão mais extrema, a eugenia não se define unicamente a partir desse acontecimento. No início do século XX, a eugenia se transformou em um movimento de reforma científica e serviu de base científica para políticas autoritárias em quase todo o mundo, inclusive na América Latina. A eugenia foi uma teoria, criada no fim do século XIX, definida como ciência do melhoramento biológico da espécie humana. Segundo ela, o aperfeiçoamento das potencialidades humanas seria possível por meio da intervenção no processo de transmissão hereditária, obtido a partir do controle sexual e reprodutivo dos indivíduos. A mulher ocupou papel central na engrenagem de reforma eugenista, sendo de sua responsabilidade a saúde das futuras gerações. O livro Eugênia no México: gênero, sexualidade e reprodução (1920-1940) se propõe a analisar a construção do movimento de eugenia no México, entre as décadas de 1920 e 1940, sob a perspectiva de gênero. Com enfoque na principal organização eugênica mexicana, a Sociedad Mexicana de Eugenesia para el Mejoramiento de la Raza (SME), a intenção desta obra é analisar como os eugenistas mexicanos pensaram e propuseram a administração da sexualidade e da reprodução em terras zapatistas. A partir dessa análise, pretende-se compreender como as identidades, os papéis e as relações de gênero foram elaborados pelo movimento eugênico mexicano. Por meio das análises das prescrições e das proscrições dos eugenistas mexicanos, a leitora e o leitor são levados a entender como o movimento eugênico elaborou e aplicou o projeto de reforma para a sociedade mexicana. Por um lado, propunha um modelo de mulher, de matrimônio, de família, de infância e de educação. Por outro, combatia a prostituição, o alcoolismo e as doenças, consideradas as causas da degeneração, da pobreza, da delinquência, da loucura e da debilidade mental. Por seu conteúdo instigante, esta leitura torna-se uma excelente referência para entender as relações entre história, ciência, medicina, raça, política e gênero na América Latina.