Eu sou uma lagarta em metamorfose é uma obra que apresenta a história de Rodrigo, um personagem inspirado nas experiências reais do autor, que enfrenta uma difícil trajetória marcada pela rebeldia, conflitos internos e dependência química. A narrativa acompanha Rodrigo em suas diversas detenções policiais, em que ele conhece as agruras das delegacias, centros de recuperação e penitenciárias. Sua transformação dentro da prisão é simbolizada pela jornada de uma lagarta que se prepara para se tornar uma borboleta, passando por fases de sacrifício e aprendizado em seu casulo espiritual, até conquistar uma nova vida.
Os personagens incluem Rodrigo, sua família — especialmente sua mãe e pai —, amigos e prováveis desafetos, que desempenham papéis cruciais no desenrolar desta surpreendente trama. A obra transmite uma mensagem clara: mesmo em meio às dificuldades extremas dentro de uma prisão, é possível encontrar um caminho de renovação. A metáfora da metamorfose da lagarta que se transforma em borboleta é utilizada para ilustrar a transformação pessoal e a redenção, enfatizando o impacto das escolhas e o poder do amor familiar. Isso representa o crescimento espiritual e emocional do protagonista, que transforma sua natureza egoísta em altruísmo incondicional.
O ponto de vista narrativo intensifica a conexão emocional do leitor com Rodrigo, proporcionando uma experiência íntima que permite vislumbrar o "mundo do crime" por meio de seus olhos. O leitor compartilha suas angústias, medos e, eventualmente, suas vitórias. O tom da obra é, ao mesmo tempo, reflexivo e esperançoso. Embora a história passe por momentos sombrios, como os períodos de dependência química e o sofrimento da clausura, há sempre uma atmosfera de possibilidades de mudança e de crescimento espiritual. Rodrigo equilibra esses momentos de escuridão com mensagens de resiliência e fé.