Maria Clara apresenta uma narrativa de sua infância ao lado de seu pai. Suas memórias passam por um processo de recriação após cinqüenta e dois anos de sua morte. O livro é formado por pequenos tópicos que mostram a relação amorosa, estreita e pessoal vivenciada pela autora, seu pai e a realidade social da década de 1960. A narrativa apresenta situações que ficam entre o passado e o presente em um processo que permite a análise da autora sobre as situações recordadas, permitindo a edificação de sua aprendizagem e crescimento interior, acompanhadas pela coleção de objetos múltiplos, fotografias variadas e encontros sociais com diferentes pessoas que engendraram as memórias. As histórias da sua infância transitam por entre alegrias e tristezas, como a dor da perda de seu pai que passa pela raiva e revolta, mas que é transcendida pelo amor que acalma seu coração. Seus sentimentos são comuns a todos nós.