A presente obra reúne a magia da escrita e a beleza da poesia. Pela sinfonia dos versos, desnuda-se, com o objetivo de aprofundar-se no abscôndito da alma, revelando-se por inteira, a salvo de juras e perjuros. Escrever um poema, dizia Carlos Drummond de Andrade, é "penetrar surdamente no reino das palavras" e sobre elas retirar o tutano do verbo.
[...] Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra E te pergunta, sem interesse pela resposta, Pobre ou terrível que lhe deres: Trouxeste a chave?
(Trecho do poema Procura da Poesia de Carlos Drummond de Andrade)
Em sua misteriosa condição de poema ou poesia, a arte da escrita embala a alma pela nostalgia do tempo que se passou e pela esperança depositada no porvir. Sou eu, como o vento!