Meu livro de contos não é do "EU". Minha obra é interpretada por "ELES", mesmo tendo sido "EU" o piloto do submarino pirata que fez emergir o periscópio voltado ao submundo da vida etílica e observar cada detalhe pertinente ao comportamento dos artistas dos copos e garrafas da nossa região. Parte das histórias carrega em seu bojo algumas vivências minhas, outras são puro fruto da imaginação fértil que a Mãe Natureza me deu. E ainda há contos mistos, em que eu emprego criatividade em cima do cotidiano vivido por mim ao longo de meus 60 anos de estrada, sendo 20 de aprendizado e domínio da arte literária. Nossa obra está cheia de caricatos nordestinos apreciadores de uma boa dose de bom humor e cachaça, o que faz com que o público local que bebe socialmente se identifique de uma forma ou de outra com os personagens. A forma de eu escrever o livro de contos não é nada convencional. Não lembra modos estereotipados de "escritas criativas" ensinadas nas faculdades. Para mim está no ponto. No ponto ideal para que haja uma ótima correspondência com o nosso povo leitor. Uma empatia de autor para leitor e vice-versa que, quem sabe, vai bater recordes de satisfação. Fábio Braga