O que nos reserva o futuro? Catástrofes? Prosperidade? Incertezas? A resposta mais correta, talvez, seria: nada. O futuro nem existe ainda, portanto, não há nada para se esperar de algo que ainda não pode ser classificado como existente. Isso também vale para o passado. Não podemos dialogar com nenhum grande nome da historia, como Hitler, Napoleão ou Jesus Cristo. Então, o passado também não existe. Nada nele pode ser tocado, vivido, sentido. Sobre o que já se foi, só podemos fazer analises e conjecturas, em cima das lacunas que o tempo criou. Sobre o que ainda virá, só podemos especular, e rezar para que nenhum mal recaia sobre essas horas, dias e anos que estão por vir. Só nos resta, portanto, o presente. Esse sim sentido, tocado. Ele está aqui, agora, nesse exato instante, nos abraçando com sua inerte mania de espreitar nossa humana finitude. Isso é a realidade, a verdade. O agora instantâneo. O instante criativo, que gera feitos, fatos e, porque não, poesia. É o lirismo do tempo, que se arrasta em direção de algo tão intangível quanto o sentido da vida. Estudemos, então, esse mistério eterno, que, em forma de poemas, tenta amenizar a dor de nada sabermos sobre o passado, o presente e o futuro.