Este estudo foi realizado em duas partes. A primeira constituiu-se em uma revisão bibliográfica integrativa sobre o fenômeno assédio moral no trabalho, que fundamentou a segunda parte, uma pesquisa transversal de natureza epidemiológica sobre o fenômeno entre os trabalhadores do Ministério da Saúde, maiores de 18 anos, que se dispuseram a participar voluntariamente preenchendo um questionário autoaplicável, no período de junho e julho de 2016.
A ferramenta de coleta de informações foi composta de duas partes – uma com questões sobre as características sociodemográficas e laborais para caracterizar os respondentes da amostra: sexo, raça/cor, idade, estado civil, tempo de serviço, cargo, tipo de vínculo, escolaridade, local de trabalho, entre outros. E a outra, para investigação do assédio moral, utilizando-se instrumento validado nacionalmente e internacionalmente chamado Questionário de Atos Negativos – Revisado (Negative Acts Questionnaire, Revised – NAQ-R), composto de 22 questões objetivas referentes a atos negativos, com possibilidade de cinco níveis de respostas (nunca, de vez em quando, mensalmente, semanalmente e diariamente).
Assim, este estudo possibilitou relatar, brevemente, o fenômeno e descrever a alta prevalência do assédio moral (autopercepção de terem sido assediados moralmente no trabalho foi de 63,5%) entre a população de trabalhadores ativos do Ministério da Saúde que se dispuseram e preencheram, voluntariamente, o questionário autoaplicável.