Com foco em analisar a influência da regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e de fatores estratégicos da firma na estrutura de capital das Operadoras de Planos de Saúde (OPS), a presente pesquisa oferece uma contribuição para o crescimento e fortalecimento do campo teórico das finanças corporativas, analisando as teorias contextualizadas em um mercado regulado. A pesquisa quantitativa e descritiva explicativa utilizou como método de análise a regressão múltipla e o estudo de eventos. Como interpretações nos períodos antes e após o evento, observou-se quanto à estrutura de capital que há fortes evidências das influências do evento no ano de 2009 e uma tendência à utilização de capital próprio pelas OPS. No campo teórico, consideraram-se as teorias da pecking order e custos de falência, adequadas para a compreensão do relacionamento das OPS com a ANS; e quanto aos aspectos estratégicos da firma, observou-se que as influências requerem das OPS estratégias de financiamento capazes de superar as adversidades do mercado regulado, considerando: (i) liquidez e solvência; (ii) investimentos de longo prazo com rentabilidade e segurança; (iii) a geração de resultado operacional. Quanto às OPS de pequeno porte, observou-se que elas são mais vulneráveis às implicações regulatórias. Como conclusão, infere-se que a regulação da ANS restringe a utilização de capital de terceiros na gestão financeira e assim, refletindo na estrutura de capital das OPS.