A poeta mineira Adriane Garcia, muito ativa nas redes sociais e por sua militância literária, é uma voz lírica que celebra a natureza em sua relação tensa com a humanidade – por culpa nossa, claro. Nas palavras da poeta Ana Elisa Ribeiro, coordenadora da coleção, "Não é de guerra, mas é de tensão, de crítica, de ironia, de denúncia. Tem um calor de debate, de diálogo firme. Com ela não se nina, mas se desperta".
A Biblioteca Madrinha Lua pretende reunir poetas que nos aparecem pelas frestas do mercado editorial, pelas fendas do debate literário amplo, pelas escotilhas oxidadas, enquanto mergulhamos na literatura contemporânea. Já no final da vida, Henriqueta Lisboa, nossa poeta madrinha, se fazia uma pergunta dura, sem resposta previsível, em especial para as mulheres que escrevem: "Terá valido a pena a persistência?". Vamos juntas dando belas respostas.