Quando Roberta se lançou ao abismo, desejava dar fim a sua vida. Por que, afinal, seguir lutando se não havia chances de alcançar a linha de chegada? Aquilo não era um erro; era um favor que faria a ela mesma. E nem se importaria em ser recebida por um anjo ou um demônio. Então quando recobrou a consciência, deparando-se com o olhar castanho esverdeado, antes de questionar se era um ser celestial ou o satanás, percebeu que era um humano, tão tolo por salvá-la, quanto ela por tentar o suicídio. Ele não tinha direito de privá-la da liberdade de morrer. Mas tudo acontecia apenas para que Roberta entendesse que entre a viver e morrer existe algo em comum: a única e verdadeira salvação é o amor.