Confio que exista um ponto que é comum a todos, por mais distintas que sejam as histórias. Portanto, ao acessá-lo, somos capazes de nos tornarmos mais empáticos e fraternos. Decidi elaborar uma autobiografia para trazer entendimento aos leitores utilizando-me de vivências pessoais e estudos aprofundados acerca da psique humana na resolução de conflitos, vários deles enfrentados por grande parte de nós. A liberdade é consequência da compreensão e adequação dos indivíduos. Quando se ama prioritariamente, conferimos concessões apenas até o ponto de nos sentirmos confortáveis e felizes. Ademais, nos tornamos amáveis, diminuindo a possibilidade de agirmos inescrupulosamente e aumentando as chances de sermos benevolentes, afinal, o copo só derrama o que tem dentro. Defendo a autonomia do indivíduo como pensador, a não-objetificação da própria vida, pois somos pessoas aquém dos nossos interesses, não devendo, portanto, associar restritivamente nossa existência à ocupação, títulos e recursos que conseguimos angariar além de não sermos propriedades uns dos outros e nem estarmos aqui para satisfazermos expectativas infundadas destes. O meu livro objetiva levar o leitor a se questionar sobre o porquê de agir como age, considerando esclarecimentos acerca de elementos intrínsecos de cada ser, como mente, cognição e sentimentos. Concluindo, porém, que, embora existam fatores ilimitados que fomentem nossas decisões, é preciso considerar os atos, são tudo que verdadeiramente existe.