A tradição intelectual, originada pelo trabalho de Said, Bhabha, Spivak e pela escola de Estudos Subalternos, abriu amplas e novas possibilidades
de análise e crítica dos modos e dispositivos de dominação na política mundial. O impacto deste movimento intelectual foi de tal densidade, que
hoje pesquisadores de diferentes orientações e áreas do conhecimento reconhecem o lugar central do encontro colonial na produção do
internacional moderno. Nesse contexto, torna-se relevante discutir a coexistência nas fronteiras entre os regimes oficiais e não oficiais de direitos
e liberdades, bem como as relações estruturais e de instrumentalidade em que a informalidade e a ilegalidade são negociadas pela soberania
política.