Essa coisa chamada amor refuta a concepção que atribui um caráter elevado ao amor que une um casal e o qualifica para a prática recíproca de virtudes. Argumenta, ao contrário, tratar-se de sentimentos, por excelência, egoístas. Quem ama encontra-se empenhado em satisfazer os próprios desejos e carências pessoais; ama a si mesmo.
A indigência de elevação ostentada pelo amor decorre da herança instintiva que conservamos em nossa natureza e da incorporação de traços culturais pouco dignificantes. Porém, a humanidade acha-se em processo evolutivo, existindo uma perspectiva de progresso nos relacionamentos.