Escrito em 1968, na época em que Zygmunt Bauman era professor na Polônia, o original deste livro estava perto do lançamento quando foi censurado e confiscado pelo governo polonês. Durante meio século, o consenso era de que o manuscrito estava perdido. Mas, surpreendentemente, ele sobreviveu, servindo de base para esta edição póstuma.
Esboços de uma teoria da cultura é um livro notável tanto por sua história quanto pelo valor de suas ideias, jogando nova luz sobre o pensamento de Zygmunt Bauman e apresentando um exame das transformações que estavam ocorrendo nas ciências sociais na década de 1960.
Nos ensaios aqui reunidos, Bauman analisa de forma crítica e incisiva as correntes que então se desenvolviam, buscando formular ele próprio uma teoria semiótica da cultura. Em suas reflexões, discorre ainda sobre o nascimento de um novo tipo de sociedade, caracterizada por um maior grau de individualização, pela intensificação de uma rede global de relacionamentos e por transformações rápidas e imprevisíveis, antecipando em algumas décadas temas que se tornaram centrais em sua obra.
Embora estes esboços sejam um testemunho de um momento histórico, eles também o transcendem, deixando um legado essencial para as ciências humanas contemporâneas.