O corolário de toda a inteligência é gerar e promover entendimento. Costumeiramente, sabemos que a religião recomenda como devemos viver, o que devemos fazer (para alcançar a salvação, agradar a Deus, etc). Entretanto, é chegada a hora de definirmos o que fazer com a própria religião. Isto não implica trair seu propósito, pelo contrário, buscar seu mais profundo significado, encontradiço mediante esforço exegético e hermenêutico. As tradições religiosas precisam dialogar entre si, é esse o viés da leitura sinótica presente, cotejando Bíblia e Alcorão. Passados séculos e séculos, as mensagens bíblica e corânica remanescem vívidas, justo neste momento em que temos o aporte pioneiro de toda vasta pesquisa científica desenvolvida nas ciências sociais e humanas, seja na dimensão de campo ou bibliográfica.