A obra foi proposta em razão do meteórico aumento das ações de erro médico, ao ponto de já estar sendo considerado um problema de saúde pública. Esse fato denuncia o afastamento da ética da relação médico-paciente e aponta para um dos mais deploráveis dramas decorrentes da violação da cidadania, notadamente no que concerne aos sacrossantos direitos à vida e à saúde. Os autores procuram demonstrar que as pessoas, para além de terem seus direitos lesados por profissionais da área da saúde que violam a sacralidade humana inobservando os princípios éticos e as normas técnicas, são também, surpreendentemente, "(pluri)vitimizadas", vale dizer – atingidas pluralmente em seus direitos fundamentais –, pelo próprio Poder Judiciário do qual aspiravam receber justiça e absoluta proteção.