No Brasil, nas últimas décadas, o aumento da expectativa de vida e do número da população idosa, quando comparado a outras faixas etárias, tem se tornado uma realidade. Dessa maneira, junto à extensão da expectativa de vida, deve-se focar na qualidade desses anos a mais vividos, ou seja, observar o quão saudáveis os idosos estão ao vivenciar essa fase da vida. A mudança no perfil demográfico indica também mudanças nos padrões de morbidade da população, o que aponta para a necessidade de adaptações dos sistemas de saúde em face dessa demanda em crescimento. Diferentemente dos países desenvolvidos, os idosos dos países em desenvolvimento são expostos a uma série de adversidades que podem repercutir em seu estado de saúde ou em seu estilo de vida, como barreiras no acesso aos serviços de saúde, violência urbana e ausência de infraestrutura. Até o presente momento, os estudos nacionais referentes ao "envelhecimento bem-sucedido" abrangeram apenas algumas cidades isoladas. É importante levar em conta a heterogeneidade do território brasileiro, sendo relevante compreender as diferentes realidades a serem consideradas. Sendo o Brasil um país de proporções continentais, faz-se necessário a realização de estudos que envolvam idosos de todas as regiões do país, visando à obtenção de informações mais robustas e representativas acerca do envelhecimento e do perfil de saúde dos idosos brasileiros.