Monocromático, esse é o mundo que Nathaniel construiu ao redor de si, como mecanismo de proteção. Entrelaçado em pigmentos azulados e tendo como companheira a sorrateira melancolia, é na arte que o jovem neurodivergente procura refúgio e liberdade. Ainda que preferisse a solitude constante, por vezes sentia-se cansado e vazio, como um pintor que esquecera a essência de sua expressão criadora. Contudo, em mais um dia frio do outono londrino, uma cor diferente do cinza do céu e ao azul de sua persona, aparece dando início a uma mistura inesperada de matizes, demonstrando ao ruivo, que apesar das barreiras, era sim possível ser abraçado por outros tons.