<b><i>Entre os atos</i></b> narra o desenvolvimento da encenação de uma peça teatral de tema histórico, num lugarejo da Inglaterra num dia indefinido de junho de 1939. O livro não é dividido em capítulos, mas em seções ou episódios sem títulos que são separados apenas por um espaço maior entre parágrafos.<br><br>Virginia começou a escrevê-lo em abril de 1938, já sob a ameaça do início da Segunda Guerra Mundial, concluindo-o em março de 1941, um pouco antes de suicidar-se por afogamento no Rio Ouse (28 de março). Em geral, mesmo após ter dado o livro como pronto, ela costumava fazer uma série de novas revisões antes de enviá-lo para a impressão. Nesse caso, a decisão de imprimi-lo, ainda que sem suas revisões finais, coube ao marido, Leonard Woolf. O livro saiu a público, pela Hogarth Press, a editora do casal, em 17 de julho de 1941.<br><br>A narrativa de <b><i>Entre os atos</i></b> se divide entre, de um lado, os episódios da peça encenada ao ar livre, que percorre, em seus diferentes atos, a história da Inglaterra, desde os seus primórdios até a época em que se desenrolam os episódios do romance e, de outro, os dramas e as paixões dos habitantes do povoado em que a representação teatral se desenvolve.<br><br>Embora não seja tão radicalmente experimental quanto <i>As ondas</i>, seu último livro está repleto de minúsculos mas sutis e delicados desvios estilísticos e narrativos que o tornam uma das peças mais admiráveis do repertório do modernismo literário britânico.